Pois é, encontrei um.
É bem sabido que este blog sempre denunciou abertamente a gritante incompatibilidade entre a Doutrina Católica e a filosofia maçônica. Isto sempre esteve exposto aqui. Também sempre denunciei que negar tamanha obviedade sempre foi uma artimanha, pra não dizer tremenda mentira, da propaganda maçônica para pescar os incautos e mornos católicos que tivessem algum receio de se inscreverem nela. Isso foi exposto nos post’s: Mentira estampada da propaganda maçônica, Sou um católico fervoroso, devoto de Nossa Senhora, Temente a Deus e MAÇON, INCONCILIABILIDADE ENTRE FÉ CRISTÃ E MAÇONARIA, dentre muitos outros post’s que você pode encontrar aqui.
Mas finalmente apareceu um maçom confirmando exatamente o que venho dito aqui e muitos maçons vêm negando: de que não há compatibilidade entre a Doutrina Católica e a Maçonaria. Ou se opta por um e renega a outro, ou renega um e opta por outro. Evidentemente este maçom opta pela Maçonaria, e mais evidente ainda critica o sistema de dogmas da Igreja. E muito mais evidente ainda é que opto pela Igreja e não concordo em nada com ele em suas críticas a Santa Madre Igreja, mas, contudo, no entanto, todavia concordamos que Igreja e Maçonaria são incompatíveis. Finalmente um maçom coerente! Não por que concordamos neste ponto, mais porque esta é a mais objetiva das realidades!
Quem é este cara? Não sei, mas sei que ele escreveu isto que vai abaixo:
Inconciliabilidade Entre Fé Cristã e Maçonaria
Charles Evaldo Boller
Sinopse: Religiões e Maçonaria inconciliáveis.Por conta da Maçonaria Operativa os atuais maçons antigos livres e aceitos possuem em sua base profunda influência da Igreja Católica Apostólica Romana e do Judaísmo.Símbolos, documentos e leis maçônicas antigas ressaltam a doutrina judaico-cristã como base moral.O que quebrou a linha doutrinária teísta foi a gradual imposição do deísmo pelos maçons especulativos, os maçons aceitos.O pensamento iluminista influiu nesta mudança e o Racionalismo dentro da Filosofia Moderna de René Descartes, Spinoza e Leibniz, complementa a adoção do Deísmo pelos maçons.A intolerância contra a Maçonaria de parte da Igreja Católica Apostólica Romana é evidente nas palavras recentes do padre Paulo Ricardo de Azevedo Junior, o qual interpreta que segundo a disciplina da Igreja Católica Apostólica Romana, “um católico não pode pertencer, de forma alguma, à Maçonaria”, declaração apoiada em “Reflexões a um Ano de Distância da Declaração para a Doutrina da Fé, em Inconciliabilidade Entre Fé Cristã e Maçonaria” (L’Osservatore Romano, 10 de Março de 1985, páginas 115-117, escrito pelo cardeal Joseph Aloisius Ratzinger, Papa Bento XVI. Desta e da parte de outras instituições religiosas, filosoficamente, a Maçonaria é, de fato, inconciliável com elas!O irmão Voltaire, uma das mentes mais brilhantes do Iluminismo francês, ao afirmar que “a certeza é mais agradável do que a dúvida”, insinua o quanto “é mais fácil simplesmente aceitar as declarações oficiais” – como as da monarquia ou da Igreja Católica Apostólica Romana de sua época – do que “desafiá-las e pensar por si mesmo”, andar sobre as próprias pernas, refletindo a iluminação (“Aufklärung”, Kant).O abismo entre religiões e Ordem Maçônica formou-se em 1717, ano em que a Maçonaria Especulativa declarou-se deísta. De lá para cá, por conta de outras controvérsias a separação só se aprofundou, como no conflito brasileiro entre a Maçonaria e a Igreja Católica Apostólica Romana, conhecido como “Questão Religiosa”.Por ocasião da adoção do Deísmo pelos maçons evolucionistas houve rompimento com os maçons operativos.Maçons operativos, teístas, fundam a Grande Loja dos Antigos.Maçons evolucionistas, deístas, passam a ser reconhecidos como Modernos e fundam a Grande Loja de Londres.Depois de inúmeros acordos aconteceu a união destas duas grandes lojas, filosoficamente discordantes, culminando em 1813, na formação da Grande Loja Unida da Inglaterra. Nesta união prevaleceu a filosofia deísta para a Maçonaria Moderna e desta resultaram todas as lojas reconhecidas atualmente como justas e perfeitas pela Grande Loja Unida da Inglaterra.Se entre maçons houve rompimento não poderia ser diferente com a Igreja Católica Apostólica Romana, a qual a partir de 1884 passa a detratar a atividade maçônica em todos os sítios longínquos ou próximos.Não existe meio de conciliação no campo filosófico – a Maçonaria Universal “de forma alguma” se alinha a dogmas de qualquer religião. Seria o mesmo que negar o princípio de sua existência. Além de deísta a Maçonaria preconiza a liberdade de pensar e duvidar.Se existem esforços de conciliação nos bastidores, isto nega os fundamentos da Maçonaria. É assemelhado à prática comum em todos os tempos, onde a prostituição entre religiões e estados políticos corre por conta da sede de poder a qualquer preço, é ação de “inclinação política militante”, é movida por “interesses inconfessáveis” (Ritual do Grau de Aprendiz Maçom, Grande Loja do Paraná).A fornicação religioso-política em todos os tempos nunca existiu com objetivo da busca de Deus porque sempre fomentou vaidade e poder. Mesmo entre cacique e pajé sempre aconteceu a luxúria da troca de favores.Conspirar para conciliar o inconciliável, tanto da parte de religiosos como de maçons que remanescem na escuridão, é negar a origem da Maçonaria. Os artifícios conciliatórios sempre foram utilizados espertamente pelos retóricos para iludir a boa-fé do povo e submete-los, pelo medo, à tirania dos déspotas religiosos e políticos.Ao maçom universal cabe seguir em frente em sua caminhada marcada pelos desígnios definidos pelo Grande Arquiteto do Universo. Mesmo que as lendas e ícones utilizados pela Maçonaria sejam de origem judaica e cristã, as religiões compatíveis com estas linhas filosóficas são irremediavelmente inconciliáveis com a ordem maçônica.Retirado de Segredo Maçônico